quinta-feira, 9 de junho de 2011

PEÇA NA SALA DE AULA

 OLÁ PESSOAL! NO DIA 14/06/2011 NA ESCOLA ESTADUAL DONA FLORISBELLA DE CAMPOS WERNECK,NÓS ALUNOS FAREMOS UMA PEÇA TEATRAL DAS OBRAS DE GIL VICENTE!
TRAREMOS OS VIDEOS DE CADA PEÇA INTERPRETADA E COLOCAREMOS NOSSAS PRIMEIRAS FOTOS AQUI NESSE BLOG PARA VOCÊS CONHECEREM CADA UM DOS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO C.OBRIGADO PELA ATENÇÃO DE TODOS(AS) TENHAM UM ÓTIMO DIA

O Velho da Horta, de Gil Vicente

Em O Velho da Horta, de 1512, Gil Vicente revela perfeito domínio do diálogo e grande poder de lidar com personagens e ações que se aproximam da comicidade. Utiliza pouco aparato cênico, colocando toda a ação em um mesmo cenário (a horta) e os acontecimentos que se realizam fora da horta são referidos como fatos que vêm de fora. Todos os episódios têm uma única direção: o desfecho, e isso garante a unidade da peça.

O Velho da Horta  é uma peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada, em torno de um episódio extraído da vida real, ou em torno de uma série  de episódios envolvendo uma personagem central, ou articulando uma ação dramática homogênea e completamente desenvolvida, com um travejamento mais complexo, com começo, meio e fim. 

Gil Vicente é um criador de tipos. A linguagem do Velho é um arremedo da poesia palaciana. A linguagem da Moça é zombeteira e se contrapõe à do velho. A obra é uma peça de teatro escrita em versos.

O argumento gira em torno das desventuras de um homem já entrado nos anos e seu frustrado amor por uma jovem que vem à sua horta comprar verduras. Por meio do diálogo entre o velho e a jovem, Gil Vicente capta a crueza de uma situação que oscila entre o ridículo e o ilusório. O Velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado; a Moça, motivo dos sonhos do Velho, é irônica, sarcástica e retribui as declarações de amor com zombarias. 

A cena inicial é marcada pela tentativa de conquista e o diálogo se dá entre o lirismo enamorado do Velho e os ditos zombeteiros da Moça. Em seguida, entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais para garantir ao Velho a posse da amada. Mediante promessas de que o êxito está próximo, a mulher extorque toda a riqueza do Velho. Finalmente, entra em cena a Justiça que prende a alcoviteira, mas retira do Velho a esperança de ver realizado tão louco amor. No final, vem a notícia de que a jovem que motivou tão tresloucada paixão casou-se.

Estrutura da obra

Quatro versos em redondilhas maiores e um quinto verso com três sílabas métricas. Os conceitos formulados pelo Velho acerca da natureza do amor são do formulário lírico dos poetas quinhentistas (Petrarca). A interlocução do Velho apaixonado, contagiado pelo gosto das antíteses e pelo conceito do conflito entre a razão e o sentimento amoroso:

“que morrer é acabar

e amor não tem saída"

Temática

O tema central é o amor tardio, extemporâneo, as conseqüências desastrosas desse amor e o patético e ridículo do assédio de um velho, que se julga irresistível, a uma jovem esperta e prudente.

Personagens

Parvo – criado do Velho com pouca cultura,limitando-se a chamar-lhe às realidades primárias da vida (o comer)  incapaz de compreender grandes dramas.

Alcoviteira – figura pitoresca da baixa sociedade peninsular astuciosa e mistificadora,cuja moral independe de todas as leis da sensibilidade.

Alcaide – antigo oficial de Justiça.

Beleguins – agentes de polícia.

Mocinha – personagem que vai até a horta comprar.

Mulher – espera do Velho.

Velho – idoso, proprietário de uma horta, apaixona-se subitamente por uma jovem compradora.

Moça – rapariga com certa experiência, já balzaquiana, com resposta ao pé da letra, confiante em si mesmo, disposta a zombar de um velho inofensivo,sem quebra da sua dignidade pessoal.

Observamos no enredo a seqüência magistral de estados de espírito com que a moça acata ou reage aos galanteios do velho.

Enredo

A ação se inicia quando a Moça vai à horta do Velho buscar hortaliças, e este se apaixona perdidamente por ela. No diálogo entre ambos estabelecem-se dois planos de linguagem: a linguagem galanteadora do Velho, estereotipada, repleta de lugares-comuns da poesia palaciana do Cancioneiro Geral, cujo artificialismo Gil Vicente parodia ironicamente, e a linguagem zombeteira e às vezes mordaz da Moça que não se deixa enganar pelas palavras encantadoras do pretendente e não se sente atraída nem por ele , nem por sua fortuna, nem por sua "lábia" cortesã. São duas visões opostas da realidade: a visão idealizadora do Velho apaixonado e a visão realista da Moça.

Uma alcoviteira, Branca Gil, promete ao Velho a posse da jovem amada e, com isso, vai extorquindo todo seu dinheiro. Na cena final, o Velho, desenganado, só, e reduzido à pobreza, pois gastara tudo o que tinha, deixando ao desamparo suas quatro filhas, reconhece o seu engano e se arrepende. A Alcoviteira é açoitada, e a Moça casa-se honestamente com um belo rapaz. A introdução ao texto da peça esclarece que a farsa foi encenada em 1512, na presença de D. Manuel I, rei de Portugal.
fonte:http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_velho_da_horta

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Auto Da Barca Do Inferno (Gil Vicente)

Auto da Barca do Inferno é um auto onde o barqueiro do inferno e o do céu esperam à margem os condenados e os agraciados. Os que morrem chegam e são acusados pelo Diabo e pelo Anjo, mas apenas o Anjo absolve. 
O primeiro a chegar é um Fidalgo, é seguido por um agiota, por um Parvo (bobo), por um sapateiro, por um frade, por uma cafetina, e um judeu, um juiz também vai, por um promotor, por um enforcado e por quatro cavaleiros. Um a um eles aproximam-se do Diabo, carregando o que na vida lhes pesou. Perguntam para onde vai a barca; ao saber que vai para o inferno ficam horrorizados e se dizem merecedores do Céu. Aproximam-se então do Anjo que os condena ao inferno por seus pecados. 
O Fidalgo, o Onzeneiro (agiota), o Sapateiro, o Frade (e sua amante), a Alcoviteira Brísida Vaz (cafetina e bruxa), o judeu, o Corregedor (juiz), o Procurador (promotor) e o enforcado são todos condenados ao inferno por seus pecados, que achavam pouco ou compensados por visitas a Igreja e esmolas. Apenas o Parvo é absolvido pelo Anjo. Os cavaleiros sequer são acusados, pois deram a vida pela Igreja. 
O texto do Auto é escrito em versos rimados, fundindo poesia e teatro, fazendo com que o texto, cheio de ironia, trocadilhos, metáforas e ritmo, flua naturalmente. Faz parte da trilogia dos Autos da Barca (do Inferno, do Purgatório, do Céu). 
Cada um dos personagens focalizados adentram a morte com seus instrumentos terrenos, são venais, inconscientes e por causa de seus pecados não atingem a Glória, a salvação eterna. Destaque deve ser feito à figura do Diabo, personagem vigorosa que conhece a arte de persuadir, é ágil no ataque, zomba, retruca, argumenta e penetra nas consciências humanas. Ao Diabo cabe denunciar os vícios e as fraquezas, sendo o personagem mais importante na crítica que Gil Vicente tece de sua época. 
http://pt.shvoong.com/books/182048-grande-sertão-veredas/

A FARSA DE INÊS PEREIRA


História

A obra foi escrita a partir de um desafio lançado por pessoas que duvidavam do talento de Gil Vicente. O autor concordou em escrever uma peça que comprovasse o provérbio "Mais quero um asno que me carregue, que cavalo que me derrube". Foi representada pela primeira vez a João III de Portugal noConvento de Cristo, em Tomar, em 1523.

[editar]Estrutura

Tecnicamente, é a mais perfeita obra vicentina, pela unidade de ação que apresenta. Pode ser dividida em quatro partes principais (quadros), ou em oito cenas. Não há, no entanto uma divisão explícita, pelo autor, em actos.
Toda a peça gira à volta da personagem principal, Inês Pereira, que nunca sai de cena. As didascálias são escassas, não há mudança de cenário, e a mudança de cena é só pautada pela entrada ou saída de personagens.

Inês, moça simples e casadoura mas com grande ambição procura marido que seja astuto, sedutor. A mãe de Inês, preocupada com a sua filha, sua educação e cimento, incita-a a casar com Pero Marques, pretendente arranjado por Lianor Vaz. No entanto, Inês Pereira não se apraz do filho do lavrador, por este ser ignorante e inculto.
Entram então em cena dois casamenteiros judeus, e Inês se casa com um escudeiro, de sua graça Brás da Mata.
Este casamento depressa se revela desastroso para Inês, que por tanto procurar um marido astuto acabou por casar com um que antes de sair para a guerra, dá ordens ao seu moço que fique a vigiar Inês e que a tranque em casa de cada vez que sair à rua.
Meses após a sua partida, Inês recebe a prazerosa notícia de que o seu marido foi morto por um pastor. Não tarda em querer casar de novo e, nesse mesmo dia, chega-lhe a noticia de que Pero Marques continua casadoiro, de resto como ele havia prometido a Inês quando do primeiro encontro de ambos.
Inês casa com ele logo ali e, já no fim da história, aparece um ermitão que se torna amante da protagonista.
O ditado "mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube", não podia ser melhor representado do que na última cena da obra, quando o marido a carrega em ombros até ao amante, e ainda canta com ela "assim são as coisas".
  • Inês: representa a moça casadoira, fútil, preguiçosa e interesseira, que se casa duas vezes apenas para se livrar do tédio da vida de solteira. Não conseguindo os seus objetivos no primeiro casamento, consegue-os no segundo, com o marido ingênuo. Apesar de seu comportamento impróprio, consegue até mesmo a simpatia do público pela inteligência com que planeja seus passos.
  • Lianor Vaz: é a alcoviteira, personagem que à época arranjava casamentos, numa sugestão de que a base da família estaria corrompida.
  • Mãe: apesar de dar conselhos à filha, acha importante que ela não fique solteira e se torna cúmplice das atitudes dela.
  • Pero Marques: é o marido bobo. Apesar de ser ridicularizado por Inês, ele se casa como ela e deixa que ela o maltrate e o traia.
  • Escudeiro: Preocupado em arrumar uma esposa, finge e engana, criando uma imagem de "bom moço"; revela-se depois um tirano, e deixa Inês presa em sua casa; é morto por um pastor.
  • Moço: era o criado do primeiro marido de Inês que, embora não gostasse do Escudeiro ajuda-o a mentir para se casar com ela.
  • Ermitão: era um velho amigo de Inês que se tornou Ermitão, no fim da história Inês usa-o para trair Pero Marques.
  • Latão e Vidal: judeus casamenteiros que apresentaram o Escudeiro a Inês.                                                   

sexta-feira, 27 de maio de 2011

CANTIGAS DE AMOR

                              "EM GRANDE SOFRIMENTO,SENHOR
                                   QUE PIOR QUE A MORTE É,
                                           VIVO,POR, BOA FÉ
                                          E PELO VOSS' AMOR
                                          ESTA DOR SOFR' EU
                                    POR VÓS,SENHOR,QUE EU"
                                                              D.DINIS

Museu da Língua Portuguesa